ADENDO
Um FeverPAIN Score baixo sugere que a infecção estreptocócica é improvável.
AÇÕES CRÍTICAS
O FeverPAIN Score requer um exame minucioso da faringe e uma anamnese precisa.
FÓRMULA
Adição dos pontos selecionados:
Critério |
|
Não |
Sim |
Febre nas últimas 24 horas |
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0 |
1 |
Ausência de tosse ou coriza |
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0 |
1 |
Início dos sintomas ≤ 3 dias |
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0 |
1 |
Amígdalas purulentas |
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0 |
1 |
Inflamação grave da amígdala |
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0 |
1 |
FATOS E NÚMEROS
Interpretação da pontuação:
-
Uma pontuação de 0-1 está associada a 13-18% de isolamento de estreptococos (próximo às taxas de transporte de fundo).
* Nenhum antibiótico recomendado.
-
Uma pontuação de 2 está associada a 30-35% de isolamento de estreptococos.
* Antibiótico tardio pode ser apropriado.
-
Uma pontuação de 3 está associada a 39-48% de isolamento de estreptococos.
* Antibiótico tardio pode ser apropriado.
-
Uma pontuação de 4 ou mais está associada a 62-65% de isolamento de estreptococos.
* Considerar antibióticos se os sintomas forem graves ou uma estratégia de prescrição de curto prazo pode ser apropriada (48 horas).
AVALIAÇÃO DE EVIDÊNCIAS
O FeverPAIN Score foi derivado de um estudo com 1.760 pacientes com 3 anos ou mais. O objetivo dos autores foi projetar uma ferramenta clínica que fosse capaz
de prever a infecção estreptocócica, reduzindo assim a necessidade de testes rápidos de detecção de antígenos e antibióticos potencialmente desnecessários.
No estudo, três grupos foram comparados: um grupo controle no qual os pacientes receberam uma prescrição antibiótica tardia (para preencher 3-5 dias se não
houver alívio dos sintomas), um grupo de pontuação clínica e um grupo de teste rápido de detecção de antígeno (RAT).
No grupo de pontuação clínica, os antibióticos não foram oferecidos para aqueles com pontuação de 0/1, antibióticos tardios foram oferecidos para aqueles
com pontuação de 2/3 e antibióticos imediatos foram oferecidos para aqueles com pontuação de 4 ou superior. Estudos diagnósticos nesse grupo mostraram que
63% daqueles com pontuação igual ou superior a 4 tinham infecção estreptocócica. Por fim, no grupo RAT, aqueles com pontuação baixa de 0/1 não receberam RAT,
aqueles com pontuação 2 receberam prescrição tardia e aqueles com pontuação 3 ou mais realizaram um RAT no local. Desse grupo, 55% tiveram infecção estreptocócica.
Os autores concluíram que o uso do RAT de acordo com um escore clínico não forneceu vantagem clara sobre um escore clínico isolado. Além disso, os autores
analisaram o alívio dos sintomas e descobriram que o uso de um escore clínico demonstrou melhorar os sintomas e reduzir o uso de antibióticos em pacientes
afetados.
Um estudo controlado randomizado analisando a pontuação FeverPAIN foi realizado por Little et al em 2014. Os autores descobriram que o uso da pontuação FeverPAIN
resultou em uma redução na gravidade dos sintomas, bem como uma redução no uso de antibióticos em comparação com um grupo de tratamento tardio. A gravidade
moderada ou pior dos sintomas também foi reduzida em comparação com um grupo RAT, no entanto, o uso de antibióticos foi semelhante entre o grupo FeverPAIN e o
grupo RAT. Os autores concluíram que o uso de uma pontuação clínica para direcionar o uso de antibióticos melhorará os sintomas e reduzirá o uso geral de antibióticos.
LITERATURA
ORIGINAL/REFERÊNCIA PRIMÁRIA
Little P, et al. Incidence and clinical variables associated with streptococcal throat infections: a prospective diagnostic cohort study. Br J Gen Pract. 2012 Nov;62(604):e787-94.
Little P, Hobbs FDR, Moore M, et al. Clinical score and rapid antigen detection test to guide antibiotic use for sore throats: randomised controlled trial of PRISM (primary care streptococcal management). BMJ : British Medical Journal. 2013;347:f5806. doi:10.1136/bmj.f5806.
VALIDAÇÃO
Little P, et al. PRImary care Streptococcal Management (PRISM) study: identifying clinical variables associated with Lancefield group A β-haemolytic streptococci and Lancefield non-Group A streptococcal throat infections from two cohorts of patients presenting with an acute sore throat. BMJ Open. 2013 Oct 25;3(10):e003943.
Little P, PRISM investigators, et. al. PRImary care Streptococcal Management (PRISM) study: in vitro study, diagnostic cohorts and a pragmatic adaptive randomised controlled trial with nested qualitative study and cost-effectiveness study. Health Technol Assess. 2014 Jan;18(6):vii-xxv, 1-101. doi: 10.3310/hta18060.
OUTRAS REFERÊNCIAS
Little P, Moore M, Hobbs FDR, et al. Chapter 3: Two diagnostic cohorts to identify clinical variables associated with Lancefield group A beta-haemolytic streptococci and Lancefield non-group A streptococcal throat infections. In: PRImary care Streptococcal Management (PRISM) study: in vitro study, diagnostic cohorts and a pragmatic adaptive randomised controlled trial with nested qualitative study and cost-effectiveness study.
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