AVISO
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Nenhuma porcentagem de FENa sempre sugerirá com precisão doença “pré-renal”.
Sempre considere a história, o contexto clínico, o exame físico e os medicamentos atuais.
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A obtenção de estudos repetidos de FENa ou urina ao longo do curso de um paciente no hospital
pode fornecer mais pistas clínicas.
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Estados de não depleção de volume com baixo teor de sódio na urina (e, consequentemente, baixo FENa)
incluem: glomerulonefrite aguda, síndrome cardiorenal, síndrome hepatorrenal, nefropatia relacionada ao
contraste e, raramente, obstrução aguda e nefrite intersticial aguda precoce (NIA) ou necrose tubular
aguda (NTA) )
MANEJO
Em pacientes com rim agudo e suspeita de uropatia obstrutiva, considere a ultrassonografia à beira do leito para
avaliar hidronefrose, distensão da bexiga, etc. A colocação do cateter empírico de Foley também pode ser válida
em alguns ambientes, embora também possa estar associada a complicações e não exclua a presença de ureteral obstruções
acima da bexiga.
FÓRMULA
Excreção fracionada de sódio (FENa),% = 100 × (SCr × UNa) / (SNa × UCr)
SCr, creatinina sérica; UNa, sódio na urina; SNa, sódio sérico; UCr, creatinina na urina.
Como a equação é derivada:
-
FENa é uma medida de reabsorção tubular de sódio.
-
FENa = (Na excretado / Na filtrado) x 100.
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Sódio excretado = UNa × volume de urina.
-
Portanto, Sódio filtrado = PNa × (UCr × volume de urina) / PCr.
FATOS E NÚMEROS
|
Pré-Renal |
Intrínseca |
Pós-Renal |
FENa |
<1% |
>1% |
>4% |
UNa(mmol/L) |
<20 |
>40 |
>40 |
Pré-renal: Qualquer coisa que cause diminuição da perfusão renal efetiva: hipovolemia,
insuficiência cardíaca, estenose da artéria renal, sepse, etc. Lembre-se de que a nefropatia
induzida por contraste freqüentemente parecerá pré-renal.
Intrínseco: ATN, AIN, glomerulonefrites, etc.
Pós-renal: obstrução (por exemplo, BPH, cálculo na bexiga, obstrução ureteral bilateral).
EVIDÊNCIAS
Espinel em 1976
descreveu originalmente um ponto de corte da FENa de < 1% para azotemia pré-renal em
um estudo de 17 adultos com oligúria, definido como débito urinário < 20mL/h. Pacientes com obstrução
urinária, glomerulonefrite aguda, DRC e uso de diuréticos foram excluídos.
Um ponto de corte da FENa de < 1% para azotemia pré-renal foi validado clinicamente em um estudo prospectivo,
embora tenha havido sobreposição entre pacientes com azotemia pré-renal verdadeira e necrose tubular aguda.
A especificidade para azotemia pré-renal (com um corte de < 1%) foi diminuída na insuficiência renal aguda não
oligúrica (Miller 1978).
Em uma TFG normal de 180 L/dia e concentração de Na de 140 mEq/L, a carga de sódio filtrada é de 25.200 mEq/dia
(= 140 × 180). Um FENa de 1% neste cenário representa excreção de sódio de 252 mEq/dia. Isso é maior do que a
ingestão média de sódio de 80 a 250 mEq/dia. Esta é a base fisiológica para a hipótese de que pacientes com TFG
normal têm uma FENa abaixo de 1%.
LITERATURA
ORIGINAL/REFERÊNCIA PRIMÁRIA
Espinel CH. The FENa test. Use in the differential diagnosis of acute renal failure.
JAMA. 1976;236(6):579-81.
VALIDAÇÃO
Miller TR, Henrich WH, Schrier RW. Urinary diagnostic indices in acute renal failure.
Ann Int Med. 1978; 89:47-50
OUTRAS REFERÊNCIAS
Steiner R. Interpreting the fractional excretion of sodium.
Am J Med 1984; 77. (4): 699-702. doi:10.1016/0002-9343(84)90368-1. PMID 6486145
Pahwa AK, Sperati J. Urinary fractional excretion indices in the
evaluation of acute kidney injury. J Hosp Med. 2016;11(1): 77-80.
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