MANEJO
Como o ISS é mais uma ferramenta de pesquisa, o cálculo do ISS não
deve afetar o manejo inicial do paciente com lesões traumáticas.
GERENCIAMENTO
- Em todos os pacientes com trauma, a
estratégia de tratamento inicial deve se concentrar na avaliação
primária e secundária e na avaliação e estabilização do
paciente.
- Este escore destina-se principalmente para
fins de pesquisa, mas pode ter uso clínico mais amplo na UTI
para prognóstico após a estabilização inicial de lesões
traumáticas.
FÓRMULA
Atribua uma Pontuação da Escala de Lesões
Abreviadas (AIS) para a lesão mais grave em cada sistema
corporal da seguinte forma:
Gravidade |
AIS |
Sem ferimentos |
0 |
Menor |
1 |
Moderado |
2 |
Sério |
3 |
Forte |
4 |
Crítico |
5 |
Insuportável |
6 |
Então, se as 3 lesões mais graves em 3 sistemas
do corpo são A, B e C, então ISS = A² + B² + C
Se um paciente tiver um AIS de 6 em qualquer
sistema do corpo, ele receberá automaticamente um ISS de 75.
AVALIAÇÃO DE EVIDÊNCIAS
- O ISS foi derivado por Baker et al (1974)
tomando a Escala Abreviada de Lesões (AMA Committee on
Medical Aspects of Automotive Safety 1971) e somando
os quadrados de cada um dos três sistemas corporais mais
severos, em um esforço para adicionar aumento de peso até as
lesões mais graves.
- As três lesões mais graves foram usadas
para calcular a pontuação final porque foi demonstrado que
lesões que sozinhas não seriam necessariamente fatais
tiveram um efeito significativo na mortalidade quando
ocorreram em combinação com outras lesões graves.
- O estudo de derivação incluiu apenas
lesões sofridas por colisões de veículos automotores,
incluindo ocupantes dos veículos e pedestres envolvidos.
- Outros estudos de validação validaram o
estudo para incluir outros mecanismos de lesão.
- Um estudo de 875 pacientes com ferimentos
de bala por Beverland et al
(1983) mostrou que um aumento do ISS foi associado
ao aumento da mortalidade (qui-quadrado = 83,31, p <0,001).<
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- Um estudo de Bull (1978)
confirmou a correlação entre o aumento do ISS e o aumento da
mortalidade por acidentes de trânsito, bem como o aumento do
tempo médio de permanência hospitalar com o aumento do ISS.
- Semmlow e Cone
(1976) encontraram achados semelhantes aos de Baker
et al em termos de relação entre ISS e mortalidade quando
analisaram 8.852 pacientes com trauma do Programa de Trauma
de Illinois, incluindo trauma veicular e não veicular. Eles
também descobriram que o ISS se correlacionava com o tempo
de permanência no hospital.
LITERATURA
ORIGINAL/REFERÊNCIA PRIMÁRIA
Baker SP, O'Neill B, Haddon W Jr, Long WB. O
escore de gravidade da lesão: um método para
descrever pacientes com múltiplas lesões e
avaliar o atendimento de emergência. J Trauma.
1974 mar;14(3):187-96. PubMed PMID: 4814394.
VALIDAÇÃO
Beverland DE, Rutherford WH. Uma avaliação da
validade do escore de gravidade da lesão quando
aplicado a ferimentos por arma de fogo. Ferida.
1983;15(1):19-22.
OUTRAS REFERÊNCIAS
Avaliação da gravidade do dano tecidual. I. A
escala abreviada. JAMA. 1971;215(2):277-80.
Semmlow JL, Cone R. Utilidade do escore de
gravidade da lesão: uma confirmação. Serviço de
Saúde Res. 1976;11(1):45-52.
Boi JP. Medidas de gravidade da lesão. Ferida.
1978;9(3):184-7.
Copes WS, Champion HR, Sacco WJ, Lawnick MM,
Keast SL, Bain LW. A pontuação de gravidade da
lesão revisitada. J Trauma. 1988;28(1):69-77.
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