RECOMENDAÇÃO
-
Alguns defendem o uso da pontuação de Wells em vez da gestalt
clínica para prever quem é de baixo
risco e, em seguida, aplicar a regra PERC para interromper a
investigação para PE.
-
Como acontece com todos os auxiliares de decisão clínica, o
médico deve primeiro ter uma suspeita do
diagnóstico antes de tentar aplicar os critérios de Wells.
-
A intenção original desta ferramenta era determinar quem tinha
baixo risco o suficiente para descartar
o teste com um dímero-d.
-
Os pontos de corte de dímero-d ajustados por idade foram
validados para uso em pacientes com mais de 50 anos
em pacientes de baixo risco (rGeneva "não alto" ou baixo de
Wells). Se estiver usando o ensaio de dímero-d apropriado,
considere calcular o ponto de corte do dímero-d ajustado para
idade de: Idade (anos) x 10 µg / L = ponto de corte
(para pacientes> 50 anos).
-
Embora os modelos de duas e três camadas sejam aceitos, as
diretrizes parecem favorecer o modelo de duas camadas que
utiliza apenas o dímero-d de alta sensibilidade e uma
estratificação de risco mais conservadora; Considera-se que
pacientes de risco “intermediário” ainda apresentam risco muito
alto para serem avaliados sem estratificação de risco
adicional.
MANEJAMENTO
Modelo de três camadas
O paciente é considerado de baixo risco ( < 2 pontos: incidência de
1,3% de EP): considere o teste de dímero-d para descartar
embolia pulmonar. Como alternativa, considere um critério de
exclusão, como PERC.
-
Se o dímero for negativo, considere interromper o
processamento.
-
Se o dímero for positivo, considere CTA.
O paciente é considerado de risco moderado (pontuação de 2 a 6
pontos, incidência de 16,2% de EP):
considere o teste de dímero-d de alta sensibilidade ou CTA.
-
Se o dímero for negativo, considere interromper o processamento.
-
Se o dímero for positivo, considere CTA.
O paciente é considerado de alto risco (pontuação> 6 pontos: 37,5%
de incidência de EP):
considere CTA. O teste de dímero D não é recomendado.
Modelo de duas camadas
O risco do paciente é determinado como “improvável de PE” (0-4
pontos, incidência de
12,1% de PE): considere o teste de dímero-d de alta sensibilidade.
-
Se o dímero for negativo, considere interromper o processamento.
-
Se o dímero for positivo, considere CTA.
O risco do paciente é determinado como “Provável de EP” (> 4 pontos,
incidência de 37,1% de EP): considere o teste de CTA.
AÇÕES CRÍTICAS
-
Dada a alta sensibilidade do dímero-d de próxima geração, mas
com baixa especificidade (aproximadamente 50%),
os pacientes considerados de alto risco devem ser excluídos com
CTA.
-
Nunca atrase os esforços de ressuscitação para testes de
diagnóstico, especialmente no paciente instável.
-
A história e o exame devem sempre ser realizados antes do teste
de diagnóstico.
FÓRMULA
Adição dos pontos selecionados:
Critério |
|
|
Pontos |
Sinais e sintomas clínicos de
TVP |
|
|
+3 |
EP é o diagnóstico nº 1 OU
igualmente provável |
|
|
+3 |
Frequência cardíaca > 100 |
|
|
+1.5 |
Imobilização pelo menos 3 dias
OU cirurgia nas 4 semanas anteriores |
|
|
+1.5 |
EP ou TVP previamente
diagnosticada objetivamente |
|
|
+1.5 |
Hemoptise |
|
|
+1 |
Malignidade com tratamento
dentro de 6 meses ou paliativo |
|
|
+1 |
FATOS E NÚMEROS
Interpretação da pontuação:
Pontuação |
Categoria de risco |
Modelo de três camadas |
|
0 - 1 |
Baixo risco |
2 - 6 |
Risco moderado |
>6 |
Alto risco |
Modelo de duas camadas |
|
≤4 |
PE improvável (com dímero d) |
≥5 |
PE provável (com CTA) |
AVALIAÇÃO DE EVIDÊNCIAS
O estudo de Wells original foi realizado em coortes onde a
prevalência de EP era alta:
aproximadamente 30%. Dois outros estudos do departamento de
emergência validaram esta ferramenta
com uma prevalência de EP de 9,5% -12%.
O maior estudo demonstrou estratificação de risco com:
-
Pontuação baixa de 0-1 com prevalência de 1,3%.
-
Escore moderado de 2-6 com prevalência de 16,2%.
-
Escore alto> 6 com prevalência de 37,5%.
O estudo de Christopher dividiu o sistema de pontuação de Wells
em 2 categorias:
-
Uma pontuação de 4 ou menos foi definida como “improvável de
PE” e testada com um dímero-d.
-
Uma pontuação de 5 ou mais foi definida como "probabilidade
de PE" e foi direto para o CTA
A incidência geral de EP foi de 12,1% no grupo “improvável” vs.
37,1% no grupo “provável”.
Se o dímero for negativo, nenhum teste adicional foi realizado.
Se o dímero for positivo, o paciente vai para o CTA.
20,4% de todos os pacientes que foram ao CTA tinham diagnóstico
de EP.
No grupo “improvável de PE”, aqueles com dímero negativo e com
alta para casa tiveram uma
incidência de perda de PE em 3 meses de acompanhamento de 0,5%.
LITERATURA
ORIGINAL/REFERÊNCIA PRIMÁRIA
Wells PS, Anderson DR, Rodger M, Stiell I, Dreyer
JF, Barnes D, Forgie M, Kovacs G, Ward J, Kovacs
MJ. Excluding pulmonary embolism at the bedside
without diagnostic imaging: management of
patients with suspected pulmonary embolism
presenting to the emergency department by using
a simple clinical model and d-dimer. Ann Intern
Med. 2001 Jul 17;135(2):98-107. PubMed PMID:
11453709.
VALIDAÇÃO
Wolf SJ, McCubbin TR, Feldhaus KM, Faragher JP,
Adcock DM. Prospective validation of Wells
Criteria in the evaluation of patients with
suspected pulmonary embolism. Ann Emerg Med.
2004 Nov;44(5):503-10. PubMed PMID: 15520710.
OUTRAS REFERÊNCIAS
van Belle A, Buller HR, Huisman MV, et al.
Effectiveness of managing suspected pulmonary
embolism using an algorithm combining clinical
probability, D-dimer testing, and computed
tomography. JAMA : the journal of the American
Medical Association. Jan 11 2006;295(2):172-179.
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