ADENDO
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Se a dose estiver acima do limite de toxicidade, considere reduzir a dose do anestésico local
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Prepare-se para eventos adversos armazenando uma lista de verificação para gerenciamento, bem como intralipídico em um carrinho de bloqueio de nervo (não requer refrigeração) para facilitar o acesso caso ocorra alguma complicação.
GESTÃO
Diagnosticando LAST:
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A toxicidade dos anestésicos locais resulta do bloqueio dos canais de sódio, que afeta o sistema nervoso central e o sistema cardíaco. O SNC é mais sensível aos efeitos dos anestésicos locais do que o sistema cardíaco e geralmente manifesta primeiro sinais/sintomas de toxicidade.
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Os sintomas de apresentação de LAST incluem dormência perioral, sabor metálico, alterações do estado mental ou ansiedade, alterações visuais, espasmos musculares e, finalmente, convulsões, coma e depressão respiratória. Os efeitos cardiovasculares incluem taquicardia, hipertensão, arritmias ventriculares e/ou assistolia.
Gestão do LAST:
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Pare a infusão.
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Forneça cuidados de suporte (suporte cardiovascular avançado à vida, benzodiazepínicos para convulsões, controle das vias aéreas).
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Considere administrar intralipídios (consulte as diretrizes: Sociedade Americana de Anestesia Regional e Medicina da Dor, Associação de Anestesistas da Grã-Bretanha e Irlanda).
AÇÕES CRÍTICAS
Múltiplas variáveis podem influenciar o risco de um paciente desenvolver LAST. Esta calculadora baseada em peso deve ser usada para gerar uma estimativa aproximada de doses tóxicas.
FÓRMULA
Dose subQ máxima permitida com base no peso, mg = dose subQ máxima permitida para um medicamento, mg/kg x peso, kg
Dose subQ máxima permitida com base no peso, mL = dose subQ máxima permitida para um medicamento, mg/kg x (peso, kg / 10) x (1 / concentração, %)
Medicamento |
Potência relativa |
Duração da ação |
Dose subQ máxima permitida, mg/kg |
Bupivacaine |
Alta |
Grandes |
2 |
Lidocaine |
Baixa |
Média |
4.5 |
Mepivacaine |
Intermediária |
Média |
4.4 |
Ropivacaine |
Intermediária |
Grandes |
3 |
De Sztajnkrycer 2019.
AVALIAÇÃO DE EVIDÊNCIA
Não há ensaios clínicos randomizados envolvendo LAST. Muitas das evidências existentes são baseadas em relatos de casos, opiniões de especialistas e bancos de dados retrospectivos de anestesia.
LITERATURA
ORIGINAL/REFERÊNCIA PRIMÁRIA
Sztajnkrycer MD. Local Anesthetics. In: Hoffman RS, Howland M, Lewin NA, Nelson LS, Goldfrank LR. eds. Goldfrank’s Toxicologic Emergencies, 11e New York, NY: McGraw-Hill; 2019.
DIRETRIZES DE PRÁTICA CLÍNICA
AAGBI Safety Guideline. Management of Severe Local Anaesthetic Toxicity.
Neal JM, Barrington MJ, Fettiplace MR, et al. The Third American Society of Regional Anesthesia and Pain Medicine Practice Advisory on Local Anesthetic Systemic Toxicity: Executive Summary 2017. Reg Anesth Pain Med. 2018;43(2):113-123.
OUTRAS REFERÊNCIAS
Tetzlaff JE. The pharmacology of local anesthetics. Anesthesiol Clin North Am. 2000;18(2):217-33.
Achar S, Kundu S. Principles of office anesthesia: part I. Infiltrative anesthesia. Am Fam Physician. 2002;66(1):91-4.